mocoto

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Aqui em casa faço com frequência, pois é uma especialidade do Nordeste, perfeita para servir com farinha e uma boa pimenta. Um SEGREDO que uso por aqui é adicionar duas batatas picadas para deixar o caldo mais encorpado. Além disso, sempre preparo em grandes quantidades para congelar e ter à disposição. Meus amigos adoram e sempre me pedem para fazer mais. Gosto de pratos práticos e saborosos. Agora, confira os ingredientes e o modo de preparo!

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Ingredientes

  • 1 litro de água
  • 3 colheres de suco de limão ou vinagre
  • 6 folhas de louro
  • 1,5 kg de mocotó
  • Azeite a gosto
  • 1 cebola
  • 3 dentes de alho
  • 2 tomates
  • 1 pimentão vermelho (opcional)
  • Colorau a gosto
  • Páprica picante a gosto
  • Pimenta-do-reino a gosto
  • Sal a gosto
  • Cheiro-verde a gosto

Modo de Preparo

  1. Em uma panela de pressão, coloque água fervente, o mocotó, o suco de limão ou vinagre e as folhas de louro. Feche a panela e deixe cozinhar por 10 minutos após pegar pressão.
  2. Escorra o mocotó e reserve. Na mesma panela, aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho picados até dourarem levemente. Acrescente os tomates e deixe cozinhar por alguns minutos. Tempere com colorau, páprica, sal, pimenta-do-reino e cheiro-verde, misturando bem.
  3. Adicione água quente suficiente para cobrir os ingredientes, tampe a panela e cozinhe por cerca de 50 minutos. Se necessário, acrescente mais água e ajuste o sal. No final, finalize com mais cheiro-verde. Sirva em seguida.

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História com Mocotó

Era uma noite fria de inverno no sertão nordestino, e a pequena casa de dona Marina estava envolta em um silêncio típico das vilas do interior. No entanto, dentro de sua cozinha, um verdadeiro ritual de família se desenrolava. Dona Marina, com seu avental surrado e os cabelos presos de maneira simples, preparava um de seus pratos mais tradicionais: o mocotó.

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A receita vinha de sua avó, que a ensinara a cozinhar quando Marina ainda era criança. Na época, o mocotó era servido em ocasiões especiais, quando a família se reunia ao redor da mesa de madeira maciça. O aroma forte e reconfortante do prato preenchia a casa, tornando o ambiente mais aconchegante e acolhedor.

Marina, agora avó, não tinha perdido o hábito de preparar o mocotó para sua família. Sabia que, com o passar dos anos, a receita havia evoluído. Ao segredo da avó, que consistia em cozinhar o mocotó na panela de pressão com louro e vinagre para amaciar, Marina havia adicionado seu próprio toque: duas batatas picadas que, segundo ela, transformavam o caldo em um verdadeiro elixir capaz de aquecer até o coração mais frio.

A cada vez que ela preparava o mocotó, Marina lembrava das mãos enrugadas de sua avó, ensinando-a a dosar os temperos e escolher os melhores ingredientes. Era quase como se ela estivesse presente na cozinha, observando-a. Enquanto picava os tomates, a cebola e o alho, Marina se deixava envolver pela lembrança de sua infância, das noites estreladas do sertão e dos risos ao redor da mesa.

Assim que o mocotó começava a cozinhar, o aroma familiar preenchia a casa. Era como um sinal: logo os netos de Marina começariam a aparecer na cozinha, atraídos pelo cheiro irresistível do prato. Eles corriam até ela, perguntando quando estaria pronto, enquanto ela apenas sorria e os mandava esperar na sala.

Pouco antes de servir, Marina fazia questão de finalizar o prato com mais uma pitada de cheiro-verde, como sua avó havia lhe ensinado. Sabia que era esse pequeno detalhe que fazia a diferença, trazendo frescor ao sabor intenso do mocotó.

Finalmente, com a panela fumegante em mãos, ela chamou a todos para a mesa. Os filhos, netos e até os vizinhos que sabiam do ritual, se sentavam ao redor, prontos para saborear a iguaria. Era como uma pequena festa, onde não havia pressa, apenas a vontade de compartilhar aquele momento.

Enquanto as conversas e risos preenchiam a casa, Marina sentia-se em paz. O mocotó que sua avó havia ensinado a fazer agora era parte de sua própria história, e o amor colocado em cada etapa da preparação era transmitido a todos que provavam aquela deliciosa refeição.

Naquela noite fria, no entanto, algo diferente aconteceu. Uma das netas de Marina, Sofia, pegou o celular e tirou uma foto da mesa. “Vovó, vou postar no Facebook para todo mundo ver como seu mocotó é incrível!” Marina sorriu e, sem entender muito bem a tecnologia, apenas disse: “Que bom, minha filha! Diga ao povo que aqui tem mais para quem quiser!”

E assim, de geração em geração, a receita de mocotó de dona Marina continuava a aquecer corpos e corações, tanto dentro de sua casa quanto fora, conectando pessoas através do tempo e da comida.

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